segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pour penser...

Seigneur, ayez pitié, ayez pitié des fous et des folles!
O Créateur! peut-il exister des monstres aus yeux de celui-là
seul qui sait pourquoi ils existent, comment ils se sont faits,
et comment ils auraient pu ne pas se faire... 



Charles Baudelaire

Le pont Mirabeau - APOLLINAIRE

Sous le pont Mirbeau coule la Seine
Et nous amours
Faut-il qu'il m'en souvienne
La joie venait toujours après la peine

Vienne la nuit sonne l'heure
Les jours s'ent vont je demeure

Les mains dans les mains restons face à face
Tandis que sous
Le pont de nos bras passe
Des éternels regards l'onde si lasse

Vienne la nuit sonne l'heure
Les jours s'ent vont je demeure

L'amour s'en va comme cette au courante
L'amour s'en va
Comme la vie est lente
Et comme l'Espérance est violente

Vienne la nuit sonne l'heure
Les jours s'en vont je demeure

Passent les jours et passent les semaines
Ni temps passé
Ni les amours reviennent
Sous le pont Mirabeau coule Seine

Vienne la nuit sonne l'heure
Les jours s'en vont je demeure

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Desculpa

Este texto consiste mais em um pedido de desculpas do que propriamente uma digressão, como geralmente ocorre aqui neste espaço.
Hoje, fui duramente exortada em minha maneira de pensar. Recebi críticas ferrenhas, porém, contundentes. Automaticamente me senti culpada, urgiu em mim então necessidade de pedir perdão. Nem sempre é possível descupar-se pessoalmente de quem desejamos assim o fazer. As contingências da vida nos distanciam pois, de gente que, às vezes, gostaríamos de ter por perto. Je suis desolée!
Meu maior querer agora era poder dizer, que só muito mais tarde do que deveria ocorrer, dei por mim das minhas falhas. Exagerei nas plurissignificações, me perdi em análises que principiaram corretas, mas em determinado ponto, se esfacelaram em pequenos estilhaços de preconceitos, rancores, mágoas e muita arrogância de minha parte.
Frequentemente, penso que sei analisar as pessoas criteriosa e pontualmente. A margem de erro que estabeleço para mim mesma é quase zero. Sei que sou pernóstica, sei que sou errada...O que posso fazer é isso: colocar publicamente aqui minha retificação. Julguei mal, agi pior ainda.
Se ler este texto, saberá que é destinado somente a você. É óbvio que cometo deslizes com outras pessoas, mas excessos ao estilo "oito ou oitenta" foi minha tônica (aliás, um tanto equivocada) contigo. Desculpe-me.
O tempo apaga tudo, eu sei. Mas podemos usar nosso próprio corretivo, a NOSSA borracha. Tento assim fazer. Apagar meus erros e quem sabe, corrigir minhas tantas falhas.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Piano e as Teclas



A sala era muito grande, toda circundada pelas janelas altas, com vidros coloridos.Quando o sol batia ali parecia que um grande arco íris estava dentro da sala. Era ali, que estava o imenso piano. De cor preta com imensa cauda brilhando sempre. O banquinho que sempre o acompanhava era da mesma cor, preto brilhante e com o estofado vermelho. Orgulhava-se de acompanhar o piano seu grande senhor. Por cima deste não havia nada.Não colocavam vasos nem porta retratos que era para não arranhar o móvel tão maravilhoso. E o som que dali saia então, era divino. Mas com tudo isto o piano estava triste. O som já não era o mesmo. O que estaria acontecendo?
O banquinho andava meio nervoso, pois percebendo toda esta tristeza não podia fazer nada. Ah, pensou, vou perguntar direto para ele. Assim o fez.
- Diga-me senhor piano o que está acontecendo? Sinto sua tristeza seu som não está igual.
- É, meu amigo, as coisas não vão bem.
- Por quê? Posso saber ou ajudar?
- Agradeço a atenção, banquinho, mas já falei até com o pedal que lá debaixo vê tudo. Até as cordas já me perguntaram o que estaria acontecendo. Sei o que é mas duvido que eu consiga resolver.
- Diga-me então, quem sabe posso ajudar.
- São as teclas, meu caro. Estão brigando entre elas por causa da flanelinha. Não querem mais a flanelinha encima delas o tempo todo. Assim sendo ficam irritadas e não prestam atenção no serviço. Não tenho culpa já disse a elas, mas está difícil. Estão misturando tudo, até as teclinhas pretas entraram no joguinho delas.
- Ah, sr Piano, e agora o que vai fazer?
- Não sei, estou pensando ainda para ver se resolvo o caso.
Passaram-se alguns dias e a situação era a mesma.
Foi então que na sala apareceu o espanador. Grande com seus penachos tirando o pó de tudo.
- Pronto está aí a solução, vou pedir para que ele ajude as teclas, poderemos então retirar a flanelinha.
E assim foi feito. Estavam livres sem a flanelinha agora, já podiam trabalhar. Mas no cantinho da sala a flanelinha toda sentida chorava o lugar que havia perdido. Com que carinho cobrira as teclas por muitos anos, e agora não servia para mais nada. Foi então que alguém ali na sala disse:
- Puxa, que maravilha era a flanelinha que eu estava procurando! Gosto de ter uma sempre no meu carro e esta é ótima!
E lá se foi a flanelinha toda contente, pois iria ser útil novamente. É amigo, precisamos tomar cuidado para não fazermos trocas desnecessárias, magoando até quem nos ajudou por muito tempo. Mas pensando bem sempre há alguém que precisa do que descartamos. É sempre melhor dar do que jogar fora.
Ah, as teclas se arrependeram, pois o espanador era meio brusco e muitas vezes arranhava as pobrezinhas que já sentiam falta da flanelinha sempre macia e delicada.
Portanto preste muita atenção numa possível troca, quando estamos muito bem e procuramos novidades às vezes mais tarde reconhecemos que tínhamos o melhor.
 
.........................................

             

Marlene B. Cerviglieri


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Péché

When I look back upon my life
It's always with a sense of shame
I've always been the one to blame
For everything I long to do
No matter when or where or who
Has one thing in common, too
It's a sin
 

Para pensar

“ não sabemos o que é estar vivo, senão apenas isto, que um corpo, isso se goza”
(LACAN, [1975] 1985: 35)

I'm calling you



Amooooooooo!

Os corredores eram amplos, em toda a extensão deles havia bancos dispostos esparsamente. Soprava um vento muito frio naquele lugar. Nós nos sentávamos ali e resignadamente mantínhamos, na maior parte do tempo, um silêncio silenciosamente acordado e estabelecido.
Ninguém se atrevia a dar início a qualquer conversa. Não havia nada a dizer, entretanto, tudo estava sendo dito, bastava apenas olhar para a situação em que nos encontrávamos.
No dia em que cheguei Lá, já era tarde. Quase todas estavam em seus quartos, entorpecidas nos seus sonos e sonhos induzidos artificialmente. Eu sentei em um dos bancos de madeira encostados à parede e continuei chorando como, aliás, me encontrava há dias. Estava imersa em minha dor. Fui descrita como apática e vi as pessoas conversando sobre mim como se ali eu não estivesse ou como se tudo que dissesse fosse não digno de confiança.
Logo comecei a sentir frio. Estava mal agasalhada e alimentação naquela época, somente intravenosa. Então, uma das companheiras de quarto se aproximou e me perguntou se eu já havia retirado minhas toalhas e roupas de cama na Rouparia. Respondi a ela que sequer sabia qual o motivo que ali me levara. Ela pacientemente pegou minha mão e ofereceu sua ajuda. Fomos até o Setor de Rouparia e retiramos cobertores, lençóis e toalhas para meu uso. Em seguida, minha colega me levou até o quarto onde eu haveria de permanecer nos próximos dias de estadia . Mostrou-me minha cama, deu orientações acerca de meus pertences. Depois, me ajudou a vestir o pijama da instituição e se despediu indicando o leito em que ela dormia e oferecendo-se para qualquer eventualidade. Em meu desânimo, só consegui balbuciar um desarticulado “obrigada”.
Nos dias subseqüentes, tive tempo de sobra para observar como a negação à vida transforma a discriminação em uma realidade muito rapidamente. Marginalizada perante a sociedade, sem direito a luz do sol, a caminhadas a céu aberto, sem direito a cadarço em meus sapatos e nem bolsos em minhas calças, minha dor foi elevada a potências altíssimas. Era muito pior continuar vivendo daquela forma. Eu não era dona de minhas ações mais triviais, como por exemplo, ir ao banheiro. Não tinha privacidade e olhos controlavam meus passos dias e noites inteiros. Meus horários passaram a ser monitorados. Minha fome só era saciada quando julgavam que ela existisse de fato, caso contrário, as intravenosas eram a solução. O gosto de um alimento bem preparado revestiu-se de alto valor para mim. Quão patético isso pode semelhar para os homens livres!!
Sem perceber que estava em uma guerra, eu chorava. Não compreenda que cada lágrima vertida era mais uma batalha por mim perdida. Mais ou menos como se eu estivesse sendo derrrotada para mim mesma. Sei que soa esquizofrênico narrar assim, mas era exatamente o que se passava naquele momento de minha vida.
Entretanto, foi olhando as pixações de protesto nas paredes de meu quarto, e a cocaína ingerida às escondidas pelas minhas colegas, que atinei com o que me tiraria de . Eu precisava deletar tudo aquilo e foi então que comecei a sair de minha própria dor.
Lentamente, fui deixando para trás uma antiga eu mesma. Fui esquecendo de quem  era e do que queria. Reformulei-me. Criei uma nova marionete. Tornei-me plácida e submissa.
Descobri outro viver, reinventei alguns sentidos e parei de lutar. Isso mesmo. Por contraditório que soe, eu estanquei na minha luta. Cessei as lágrimas e aceitei o que me era oferecido.
O ócio mental me sobreveio e trouxe grande paz. Sim, a guerra tinha acabado.
Dali em diante, meus moinhos de vento seriam como os de D. Quixote. Somente eu os enxergaria, somente eu poderia lutar contra eles. Com esta atitude, pude voltar ao mundo aqui de fora e internalizei meus embates.
Compreendi que quanto mais minha “existência” me pertencesse, menos eu seria dos outros e assim estaria sempre tangenciando da normalidade.
Voltei a ver o sol. Os cadeados desapareceram das portas, as grades das janelas e finalmente deixei o lado de .

terça-feira, 24 de maio de 2011

Salmo 42

Choro dia e noite,
e as lágrimas são o meu alimento,
Os meus inimigos estão sempre
me perguntando:
"Onde está o seu Deus?"
Por que estou tão triste?
Por que estou tão aflito?
Eu porei minha esperança em Deus
e ainda o louvarei.
Ele é o meu salvador e o meu Deus.

O meu coração está profundamente abatido
e por isso eu penso em Deus.
Assim como o mar agitado ruge,
e assim como as águas das cachoeiras
descem dos montes Hermon e Mizar
e correm com violência até o rio Jordão
assim são as ondas de tristeza
que o Senhor mandou sobre mim

Que ele me mostre durante o dia o seu amor,
e assim de noite eu cantarei uma canção,
uma oração ao Deus que me dá a vida.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sans mots...

Home of clouds   Maison dans les nuages

You want to be alone
And you build a home of clouds
And your thoughts are hight
But this heaven makes you fall
In a lonely bed
Far from all and far from you
You die inside your mind


So you think you're a happy man
A megalomaniac superstar
Stop to see who you really are
And she taught me how to see with her eyes

Mudança

"Toda mudança cobra um alto preço emocional. Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face. Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar."

OLHE-SE NO ESPELHO....
Autora: Martha Medeiros

domingo, 22 de maio de 2011

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura




E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Peter, Bjorn & John - Young Folks



Nice!!!!

sábado, 21 de maio de 2011

Quereres

Eu queria ser uma pessoa bonita. Alguém que fizesse diferença, que a ausência fosse realmente sentida. Não me enxergo assim.
Eu queria amigos. Verdadeiros amigos, pessoas que falassem "all the time" a verdade.
Eu queria amor, não embromações de corações egoístas que só buscam seus próprios interesses. Queria esse sentimento tal aquele descrito pelo apóstolo Paulo em uma de suas cartas ao Povo de Contínthios.
Eu queria respirar a vida e encher meus pulmões de felicidade.
Eu queria inundar meus ouvidos de música. Queria ser música, motivo de som e de luz.
Eu queria...
Tudo tão árido, tão sem cor, carecendo de sentido...
Pouca esperança. Somente as crianças perpassam minha alma e conseguem amenizar minha dor. Com elas, volto a ser quem um dia fui. Não preciso fingir que sou feliz. Com as crianças posso ser verdadeira e ainda sou mínimamente necessária.
Será que isso pode mudar?
Será que posso mudar?
Vida!



Enquanto sigo moribunda e as idéias não surgem, deixo que as imagens falem. Coloquei neste espaço algumas de minhas flores prediletas.
De todas estas meu sonho de consumo continua sendo o bouquet de margaridas. Ainda chego lá!
Abraços

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Por motivos de saúde não consegui escrever nenhum texto para postar aqui. Espero em breve poder voltar.
Abraços.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A bênção da ignorância

Como é bom sermos ignorantes em certos aspectos. Pouco sabemos e com pouco nos incomodamos. A vida é menos complicada, e os dias seguem uma lineariedade tranquila.

No entanto, basta um apenas o desvendamento de alguns fatos, para que nossos tormentos se instalem nos deixando tensos, mal-humorados e rabugentos.

Às vezes, observo as pessoas culturalmente menores, e as invejo profundamente. São mais leves, menos pretenciosas, pouco as conteta. Não almejam coisas inalcançáveis para si. Assim, vivem com qualidade superior a mim, tem mais momentos felizes e são mais plenas em suas existências.

Pensando nisso tenho tomado algumas atitudes e me aproximado de pessoas com histórias e contigências bem diferentes das minhas. Pasmem! O que parecia medíocre tem sido um excelente lenitivo para minhas horas de questionamentos torturantes. Conselhos até bem pouco tempo atrás encarados por mim como simplórios, agora tem se mostrado cheios de sabedoria. E a vida segue apresentando suas surpresas. Mais um dos meus "bouleversements". Ouço coisas excessivamente prosaicas e me inundo de uma simplicidade pueril. Passados apenas alguns instantes, e é como se eu tivesse ingerido um analgésico potente. As caraminholas se dissipam, as indagações diminuem e a esperança no porvir é redobrada.

Só posso concluir que ignorância, ao contrário do que os grandes teóricos dizem, é uma grande bênção. Evita dispesia, aumenta sua expectativa de vida e lhe traz alguns outros benefícios que  preferiro não discorrer aqui rsrsrsrs.

Fica a dica. Alienar-se pode ser gostoso. Da próxima vez que sair à rua, navegar na internet ou conhecer alguém muito diferente do seu quadro de amizades, dê uma chance. Não só a esta pessoa, como a você mesmo. Pode ter encontrado seu bilhete premiado de loteria e estar em vias de descartá-lo, achando que se trata de apenas mais um extrato bancário antigo e sem valor. Atente para os menos favorecidos intelectualmente, pois até eles tem lições a dar. Viva com menos circunscrições preconceituosas você puder!

Espera




Ainda estou aqui, no mesmo lugar. Aguardando por ti...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mentira - Tenho de entender!

Às vezes, a vida se impõe a nós de maneira tão ditatorial e imperiosa que é difícil enterder algumas pessoas ou  acontecimentos. Não consigo acostumar com padrões contemporâneos de valores e  comportametos. Muita gente viciada em mentiras. Mentem por questões onde não havia razão nenhuma para que a famingerada "inverdade" existisse. Mas mentem! Sonegam, omitem, distorcem, como se isso transformasse a mentira em algo que não é falso, próximo do aceitável.
Acontece que para mim e meu oblíquo ponto de vista, mentira é mentira.Simples e somente isso. Assim mesmo. Quem mente é mentiroso. Não enxergo justificativa para o injustificável.
Exstem até variações desta PRAGA, entretanto, o efeito é toujours o mesmo: dor, decepção, mágoa. Isso para falar pouco.
E a vida e as pessoas, seguem querendo "obrigar" quem não aceita estas EMBROMAÇÕES, a tão somente engolí-las. Ocorre que as Danielas sempre existirão para estragar a festa dos "pregadores de peças". Todavia, eu me sinto minoria neste planeta de falaciosos. Sou forçada a entendê-los. Pior: sou coagida a aceitá-los e com isso me sinto violentada em meus valores mais intrínsecos.
Afinal, qual o motivo de tanta enganação? Seria tão mais simples falarmos das coisas como elas são. Doeria tão menos em pessoas como eu.
Infelizmente, eles seguirão do mesmo jeito, isto é, falando o que não sentem, escondendo o que sentem, fazendo relatos pela metade, omitindo daqui, surrupiando dali.
É triste! Não raro eu prefereria adormecer pra nunca mais acordar. Sei que não é a saída, porém, encurralada em um mundo patranhoso, este meu querer torna-se reincidente. Aos que lêem, peço desculpas, mas hoje me encontro chateada com a humanidade, suas intermináveis potocas e seus autores, ilustres potoqueiros.
A vida não é mesmo assim???!!! Ou estaria eu contando aqui qualquer lorota??!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tempo, tempo, tempo, tempo

Estava pesquisando alguns assuntos na internet e como esta navegação nos leva aos lugares mais inusitados, de repente, me peguei assistindo ao vídeo de uma banda de rock gaúcho da década de noventa. Imediatamente, me reportei para aquela data (ano de 1991), e então começou a sessão nostalgia rsrsrsrs
De súbido, lembrei das roupas que eu vestia, das músicas que ouvia e dos amigos que tinha. Nossa! Quanta coisa mudou além do corte de cabelo e até do cabelo propriamente dito! Eu era uma adolescente mezzo-mezzo. Metade introvertida, metade extrovertida, metade bonita, metade feia, metade querendo ser e metade sendo. O mundo era uma oscilação constante: de humor, de valor, de estilo, de desejos. Poderia resumir aquela minha existência fagueira como sendo o tempo de uma grande vírgula. Eu e tudo aquilo que me rodeava era incerto. Atrás de toda grande afirmativa, poderia vir encaixada alguma vírgula a virgular meu destino. Orações adversativas eram uma realidade para mim. Isso não significa que elas trouxessem ADVERSIDADES all the time, apenas continham a inconstância peculiar à época.
Foi assim que a jovem ruiva seguiu vivendo e envelhecendo.
Uma pausa: Não quero colocar neste texto o envelhecimento como um percurso tétrico e/ou triste. Não significa que se os anos prosseguiram correndo , meus momentos felizes tenham ficado em um passado hermético e hermetizante para felicidades contemporâneas. Ficar MAIS velha, em minha opinião, só quer dizer que vivi mais do que aqueles que nasceram depois de mim. Não perdi a capacidade de sorrir e nem de sentir a vida com intensidade admirável.
Voltando ao meu assunto...Lembrei com ternura das características daquela fase. Não fiquei embriagada com minhas memórias e nem me sufoquei com saudades melancólicas. O vídeo a que eu assistia tinha duração de seis minutos. Foi o tempo que duraram as minhas reminiscências juvenis. Em seguida, fechei a página do You Tube e voltei à minha pesquisa didática.
Precisava deixar mais um aula preparada para o dia seguinte. Tempo, tempo, tempo, tempo, és um dos Deuses mais lindos! Tempo, tempo, tempo ,tempo!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dias melhores virão!

É, hoje o dia não foi dos melhores. Pouco saiu conforme o que eu havia planejado.Muito frio dentro e fora de mim. Todo mundo tem seus dias ruins, eu devo ter tido um neste período que se encerra.
Foi um festival de mal-entendidos, desavenças, humores alterados...Boa parte destas ocorrências se deve a "moira" da segunda-feira, mas muito atribuo a azar puro e simples mesmo.
Há dias, entretanto, em que as coisas parecem parte de um puzzle. Tudo vai se encaixando, tudo vai dando certo, e a paisagem que se mostra ao nosso cotidiano é digna de cartões postais. Contudo, há situações em que parece que estamos protagonizando algum filme macabro de série B. O difícil é que em circustâncias como esta, a gente quase não sabe o que fazer. Chegamos a pensar que quanto menos fizermos, melhor será, pois o desencadeamento de "indiadas" semelha não ter mais fim.
Ainda bem que tudo acaba. Nada como uma noite bem dormida, o descanso dos justos e uma próxima chance, um próximo dia.
Bah! Essa naba de texto tá com cara de que eu juntei um monte de frases-clichês em cartõezinhos babacas e montei para postagem aqui.
Afff! Melhor terminar esta escrita. A qualidade do que estou redigindo está duvidosa e já que as coisas não foram muito agradáveis hoje, vou encerrando.
Deixo esta frase podre, chavão barato e vagabundo, mas lenitivo para amanhã: Dias melhores virão!!!
Tem de vir!

domingo, 15 de maio de 2011

É bom pensar, mas é bom não pensar também.


Apesar do dia chuvoso e de meu time estar dando vexame no Gre-Nal, me sinto bem disposta. Tenho tido boas idéias, meu humor melhorou e boa parte de minhas aulas já está devidamente programada. É pouco, não interfere nos destinos da humanidade, mas se tenho de dar alguma contribuição ao mundo, pelo menos minha parte estou fazendo rsrs. De resto, não vou tecer aqui um rosário de queixas sentimentais, ou reclamações políticas e sociais. Quase nada resolveria. Os leitores teriam enfado e não voltariam mais, isso não desejo.
Conheci nestes últimos dias, pessoas interessantes. Gente de perfis bem antagônicos, se comparados uns aos outros. Creio que para mim isso seja enriquecedor. Posso dar mergulhos profundos entre uma estreiteza intelectual confortante e uma imensidão de pensar sacolejante. E isso não foi escrito com a intenção de rimar rsrsrs
Acho que meu estado de espírito interfere diretamente no modo como encaro as coisas, sejam elas triviais ou polêmicas. Tenho preferido não criar embates filosóficos com ninguém, não ando divulgando minhas ideologias por aí e meus assujeitamentos estão presentes só em minhas reflexões lacanianas. Estas tem se tornado uma realidade cada vez mais esporádica.
Não estou buscando a alienação, todavia, a paz que a aceitação traz me faz querer permanecer no lugar em que me encontro por um tempo considerável. Claro, como nada é eterno, nem mesmo meus posicionamentos são. Considero isso muito bom. Procuro “sugar” de cada etapa aquilo que de melhor ela me traz. Após isso, levanto e prossigo minha caminhada existencial.
Aí...Hoje eu estou escrevendo como se estivesse em círculos. Tento dizer muitas coisas, mas não esclareço quase nada. Mas afinal, o que é a claridade? E em que consiste a opacidade? É possível existir luz se não houver apagamentos, isto é, ausências de luz?
Bem, de minha parte, aproveito este texto só para lançar estas indagações.
Talvez, mais adiante eu possa ou queira respondê-las.
Abraço

sábado, 14 de maio de 2011

A casa dos outros

Quando era criança, uma das coisas que mais gostava de fazer era visitar meus tios e tias. Isso para mim consistia em uma enorme aventura. Havia todo um preparo para o passeio e tudo era planejado por meus pais com muitos dias de antecedência. Eu ficava só escutando eles combinarem os detalhes da visita que fariam como data, hora, o que iriam vestir na gente (eu e meu irmão) e por aí vai...
Assim que chegava o grande e esperado dia, minha ansiedade não cabia mais em meu tão pequenino coração. Acordávamos geralmente, bem cedinho. Minha mãe ajudava no ritual da vestimenta. Depois, tomávamos um café substancial e sempre éramos advertidos de não falar sobre ter fome na casa dos outros, pois isso era feio e subentendia que tínhamos ido fazer a visita só para lanchar rsrs
Em seguida, meu pai ligava o carro e ficava acelerando numerosas vezes para “esquentar o motor”, como ele costumava dizer. Minha mãe pegava a bolsa e alguns outros apetrechos e lá íamos nós, uma pequena família em busca de diversão e do fortalecimento de laços familiares pela distância ameaçados.
No caminho todas as paisagens eram muito apreciadas, fossem elas urbanas ou não. A excitação era visível não apenas em nós crianças, mas em meus pais. Hoje, relembrando, posso perceber que eles também se empolgavam bastante. A vida nessa época era menos dolorida em meu exíguo ponto de vista. Como criança eu tinha meus sofrimentos de criança, contudo, como eu não atinava ao certo de onde eles vinham não duravam o tempo que duram atualmente.
Então, chegávamos ao nosso destino: a casa dos parentes. A poluição sonora se instalava. Minhas tias gritando, cachorros latindo, meus primos (crianças também), sorrindo e correndo ao redor dos adultos. Era uma festa. Beijos esfuziantes, bochechas apertadas até a vermelhidão, admirações escandalosas pelo tamanho em que nos encontrávamos. De minha parte, eu detestava aquela algazarra. Nunca fui muito de acordo com as expansividades afetivas, mas eu tinha de aturar, afinal era pequena e aos pequenos cabia tão somente a resignação.
O dia transcorria como uma aventura. Primeiro o impacto da chegada, a averiguação do local. Como era o pátio? O que havia de diferente dentro e fora da casa? Quais eram os animais da família? Onde estariam os gatos? rsrs . Depois vinha o “momento-interativo”, aquele em que precisávamos ser amistosos, conversar com os primos, contar como andavam as coisas na escola para nossos tios, esses protocolos de família... Quando sentávamos à mesa para alguma refeição, frequentemente eu ficava apreensiva. Tinha certo pânico do que iriam servir para saborear. Causava-me arrepios pensar que teria de comer ovos ou tomar leite, por exemplo. Sabia que minha mãe iria nos obrigar a ingerir esses alimentos para não fazer a famosa “desfeita”, mas eu tinha um estômago  meio sensível, e o vômito avizinhava-se quando a ingesta era irrecusável.
À tardinha, principiava a sentir sono e então era o momento de voltar para casa. A esta altura, eu já estava cansada e louca para tomar um banho e ficar deitada em minha cama. Às vezes, meus pais resolviam estender um pouco mais a visita, às vezes jantavam e tomavam cafezinho. Aí era sofrido, porque dependendo de onde estávamos, eu não via a hora de voltar, mas tinha de agüentar tudo bem comportada, caso contrário, minha mãe me dava uns beliscões doídos no braço, que deixavam marcas por horas depois.
Mas quando finalmente regressávamos, eu me sentia repleta. Exausta, mas satisfeita. Durante bastante tempo teria o que relembrar, assuntos para conversar e uma ou outra novidade para ser posta em prática, como por exemplo, alguma brincadeira nova que tivesse aprendido com meus primos.
Gosto de reviver em minha mente estes acontecimentos. As memórias de minha infância aquecem meu coração. Foi uma fase em que uma visitinha qualquer mudava o curso de minha existência. Eu não me preocupava com dinheiro, nem com satisfações sociais a prestar. Era somente uma criança, buscando viver cada dia em sua plenitude.
Tão diferente dos meus dias atuais e ao mesmo tempo tão igual a quem sou aqui dentro.  Acho que todos nós nos sentimos assim. A saudade é análoga nos corações humanos. A casa dos outros, apesar de diferente, guarda muitas semelhanças com a nossa própria casa, e com isso estou me referindo não só a residências propriamente ditas, mas também e por certo a nossa casa mais significativa, isto é, nosso coração.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Cuidado com as idiotices!

Hoje é sexta-feira 13, mas não é sobre estas tosquices que quero escrever. Tenho assuntos que julgo mais dignos de serem comentados por aqui, ademais, estou com uma gripe infame, então meu humor encontra-se ligeiramente alterado. Para pior, claro.
Eu havia redigido um texto que acreditei ter ficado legal, mas deu um surto no blogger e foi-se minha fértil criação literária. A internet comeu!
O que temos para hora, talvez não seja tão bom, mas é verdadeiro e exprime meu momento. Vindo de mim, dificilmente seria blefe ou fake rsrsrsrs. Apesar da data remeter a idiotices do tipo “crenças e superstições babacas”, nesta sexta, de fato algumas bizarrices aconteceram comigo. Tipo fantasmas reaparecendo do nada e por aí segue. Ainda bem que estas assombrações ficaram em um passado bem remoto e nem me atingem mais.
Mas quero, de súbito, mudar o rumo da prosa. Ontem, me senti algo culpada por coisas que penso e atitudes que tomo em função das mesmas. Quando me enxergo como uma pessoa preconceituosa em essência, sinto culpa. Mais que isso: fico com uma vergonha danada. Diante das últimas ocorrências não me resta muito a fazer, a não ser mudar minha postura (reacionária) daqui para frente. Preciso sair do lugar em que me coloquei, pois além de ser contraditório, é patético para alguém que se jacta à posição de ser-pensante. É isso aí! Vamos mudar, Dona Dani! Já passou da hora!!!!
Não adianta sentir vergonha e se tocar, se nada for transformado. Daqui pra frente, vou policiar as asneiras que digo e mais especificamente “as merdas” que penso. Coliformes fecais atravessam os pensamentos de quase todo mundo, o problema é quando estes dejetos saem verbalmente e meio sem querer. Aí a coisa fica feia, porque além de você já ter dito bobagem, fica evidente que a bobagem está intrínseca em você. A situação neste ponto tá beirando o patológico.
Não quero mais magoar ninguém. Não quero sentir um desconforto por causa de mim mesma. Não desejo perder amigos e nem amores.
Contenção de palavras. Diarréia verborrágica devidamente diagnosticada e medicada.
Prescrição: silêncio e atenção no que se diz!
Fui

O Caminho Para Casa (Filme do ano de 1999)


Este filme é um dos mais belos que já assisti. Ainda não o encontrei a venda. Se por acaso, alguém que lê este blog souber onde adquirir, favor deixar recado com comentário.
Grata!

Tori Amos - Silent All These Years (music video)

Eu postei este vídeo na última quarta-feira, 11/05, mas assim como os textos subsequentes, perdi todas as últimas e mais recentes postagens. Recoloco, pois há muito tempo vasculhava tentando encontrar esta música. Gosto da sonoridade, e a letra também diz muito pra mim. Bom divertimento, caso escutem!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A menina das margaridas no cabelo e todas as outras...

Estranho. Eu ainda me sinto "a menina das margaridas no cabelo", a companheira divertida de idéias absolutamente geniais, a mulher mais sexy já conhecida, a escrachada que diz palavrões a todo instante, e por isso mesmo adorável, a torcedora companheira e companhia para assistir aos jogos do Sport Club Internacional de Porto Alegre, a Brooke Shields temporã, a eclética admiradora de músicas desconhecidas, a garota dos roqueiros-cabeludos, a colegial dos desejos mais recônditos do teu sexo, a parceira de viagens, a admiradora da Arte Vintage, de Andy Wharol, David Bowie e Rita Lee, a desvarirada-intelectualizada-escravizada por ti...
Estranho, eu ainda sou esta menina que tu enxergavas com as margaridas no cabelo cheinho de cachos e ondulações rebeldes, ainda estou aqui. O que mudou? Muito!
Eu sempre pensei que as pessoas não olhavam as mesmas coisas da mesma forma. O meu azul, em teus olhos, talvez fosse verde, ou quem sabe violeta? Vai saber. Não me esqueço que um dia comentaste indignado sobre teu suposto daltonismo. Vai saber. Tua miopia - mais uma de tuas patologias oftálmicas - não me parecia influenciar na significação daquilo que tu enxergavas. Vai saber.
O que VEJO agora é que muitas coisas mudaram. Não foi  só o tempo que se impôs. Foi mais que isso. Enxergamos a vida diferententemente e isso nos afastou em definitivo. Meu Woodstock já era! Ainda tenho margaridas em meu cabelo, e meus cachos ruivos e eu ainda somos pra lá de rebeldes, porém, meu destino hoje é outro.
Busco os entardeceres calmos do outono de minha vida. Minha febre primaveril arrefeceu. Ainda sinto espasmos de prazer com um acorde, um toque suave, uma palavra solerte. Mas minha calça jeans não é mais modelo "boca-de sino", hoje prefiro os cortes ajustados ao meu corpo, mais contemporâneos e menos saudosistas. É verdade...até neste aspecto precisei sacudir meus ácaros. De nada adiantaria  permanecer estagnada em 1968, até por que naquele remoto ano eu ainda nem havia sido concebida.
Sim. Eu avancei de 1974 até aqui. Não pulei as etapas, mas por mais doloroso que seja crescer, eu deixei pra trás a garotinha epilética, a menina introvertida, a jovem problemática e até mesmo a leitora contumaz! Todas elas se foram. O mais agradável nisso tudo, é que minhas saudades se restringem a pequenos instantes de melancolia. Eles vem e vão como um sopro suave, não fizeram das minhas lembranças uma dor crônica.
Com isso não me neguei a viver. Não me neguei a crescer.
Sabe de uma coisa, "garoto de Woodstock"? Ser adulto não é tão ruim assim. Ter trinta ou quarenta anos não significa nenhuma tragédia e os reumatismos podem ser mote para um papo bastante animado. Se você soubesse quantos prazeres está deixando de viver diariamente...Tuas dores aumentam e teu reumatismo não é ósseo, é de alma. Cada negação tua sonega de ti uma fruição.
Pensa nisso, mas pensa de verdade, pra valer. Não foge de ti mesmo, é bom saber quem é esse cara aí do reflexo no espelho. É bom visualizar com os olhos dos outros o que os nossos, às vezes, podem não captar!
Bj

A pessoa errada - Luis Fernando Veríssimo

Pensando bem
Em tudo o que a gente vê, vivencia, ouve e pensa...
Não existe uma pessoa certa pra gente.

Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar
É, na verdade, a pessoa errada.

Porque a pessoa certa faz tudo certinho,
Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.

Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor.

A pessoa errada vai ficar alguns dias sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira.

A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas

Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível

Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos fazendo vocês esquecerem o que passou

Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% dentro do seu coração
E também vai estar o tempo todo pensando em você.

Todo mundo um dia tem que ter uma pessoa errada
Porque a vida não é certa. Nada aqui é certo.

O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando,
agindo,querendo,conseguindo

E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"

Quando na verdade tudo o que ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem realmente a funcionar direito pra gente...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Coisas de blogueira

Este verdadeiro "petardo filosófico-linguístico" eu roubei do blog do Pablo intitulado: "Só os chatos sobrevivem..".o nome já diz tudo. Fato é que eu quero dividir com quem me lê essa maravilha de originalidade rsrsrsrs
Ae vai!!!
Blog é uma coisa bem bacana porque quem escreve não tá nem aí de verdade pras cobranças. Verdade.
A gente quer até ser cobrado, mas escreve se tiver com saco e não porque ninguém cobrou. A gente olha e diz:
-Ó tem alguém cobrando aí. Depois eu escrevo alguma coisa. E segue a vida.

Mas quando um leitor te encontra na rua e diz:
-E o blog hein?
Aí não.
Aí vc é obrigado pela lei de regulamentação bloguística mundial a escrever qualquer merda. Tipo essa que eu tô escrevendo.
Pode até ser uma coisa que não mude nada na vida de ninguém, como esse post, mas lei é lei. Portanto.
Taí.
É isso.
Por hoje é só.
Ou não, quem sabe?
Eu.
É só mesmo.

Sem mais, subscrevo.

domingo, 8 de maio de 2011

Minhas dualidades

Estou com medo. De falar, de pensar, de sentir, de ser.
Acho que nunca admiti as coisas para mim mesma desta forma, contudo, agora, por uma questão de amadurecimento ou maior conhecimento próprio, percebo melhor. É um tempo bem difícil o que estou passando. Muitas mudanças drásticas em poucos meses, inúmeras decisões sérias a tomar.
Estou contente pelos desafios, mas sentindo o chão fugir dos meus pés. Tenho amigos, amor, família, mas ainda assim, sinto uma espécie de desespero se apoderar de mim por vezes. Talvez, com todo mundo seja assim em alguma fase da vida. Sempre fui meio medrosa, mas agora não há espaço para os meus pavores. É ir ou ir.
Estou indo. Meio a contragosto, meio empurrada pela vida, mas vou...Queria que certas vivências fossem experienciadas de outras formas, entretanto, não escolhemos tudo que conosco acontece. Certas vezes somos levados para onde o vento da vida sopra e nos empurra.
Não estou me queixando, somente desabafando. Tem sido muito frequente o sentimento de opressão em mim, como se uma urgência não sei do que e indo para não sei onde, tomasse a maior parte dos meus dias.
Creio que tudo isso irá se dirimir, e de repente, quando menos esperar, as etapas que hoje parecem intransponíveis terão simplesmente passado.
É viver pra ver. Viver para viver.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Só pra refletir neste finalzinho de dia

Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização.
Martin Luther King

Garotos da Rua - "Você é Tudo Que Eu Quero" (clip original)

E para permanecer no clima de "recuerdos" da Danizinha, deixo esta música que me remete automaticamente àquela que eu gostava tanto. A Dani-carisma kkkkk

Até que enfim!!! De repente?! Outra vez! Ainda a mesma?! Que bom???

Até que enfim!!!
Hoje foi um dia bem diferente dos que eu havia vivido nos últimos cinco ou seis anos. Senti uma alegria muito grande de mim, misto de orgulho-alívio-esperança. Precisava desesperadamente de um momento destes. Só tenho motivos para agradecer a Deus!

De repente?!
Eis que de uma hora para outra tudo muda drasticamente. E aquela que estava sorumbática renasce das cinzas tal a fênix mitológica. Gosto de sentir esta força, que não é minha mas está em mim. Que saudades desta Daniela eu estava e nem mesmo havia me apercebido disto!

Outra vez!
Eu nem sabia que ser outra vez muito da mesma pessoa era tão bom! Uma energia positiva onde a saudade tem um sabor de novidade. Que paradoxos maravilhosos a vida nos apresenta por vezes!

Ainda a mesma!
Não sondava ser mais a mesma e isso há tanto tempo...Mas a que reapareceu hoje é uma Daniela que eu gostava muuuuito!

Que bom???

Agora, só posso afirmar que a sensação é agradabilíssima. Deixem eu curtir este instante. Deixem eu prolongá-lo o quanto puder, pois não sei quando tempo durará. Espero que seja longo.

                                                                        Feliz!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tom Jobim e Vinícius de Moraes - Felicidade - Ao Vivo

"Tristeza não tem fim, felicidade sim..."

Já afirmava sabiamente a letra desta música que dá nome ao título da postagem: a tristeza é infindável em nossos corações, já a felicidade parece nos surgir tão a conta-gotas! Momentos felizes são parcimoniosos, raros e exigem fruição absoluta. Pena que, muitas vezes não nos damos conta do quanto estamos sendo felizes. E a felicidade acaba, e logo surge a dor e é como se abrissem uma vala dentro de nós onde só houvesse o lodo da INFELICIDADE.
"Tristeza não tem fim, felicidade sim", mas por qual razão momentos bons tem de ser tão efêmeros? Qual o motivo da longevidade de uma dor? A vida parece frequentemente ilógica!
Mesmo que tentemos racionalizar a mágoa e a culpa, ambas insistem em continuar pulsando. Por que não ocorre o mesmo com nossas alegrias? Por que a satisfação não é perenemente estendida para o ad infinitum???!!!
Estou em um instante infernal e verossímil de dor. Uso estas linhas e este espaço para tentar ressignificar o que estou sentindo. Talvez com isso, da próxima vez que escreva, tudo tenha sido reduzido a apenas e tão somente uma letra de música.
Abraço