terça-feira, 13 de novembro de 2012

Paixão

De repente, nossas mãos se tocaram e pulamos juntos no mar. E as ondas não foram capazes de nos segurar, pois nossa força naquele momento era só uma. A força do nosso amor.
Você me mostrou que durante um mergulho na vida, é possível abrir os olhos e enxergar todo nosso próprio oceano de sentimentos. E eu mergulhei, podendo ver  nós dois sendo um só.
Foi mais que um ato irreflexivo, foi o refletir de nossa paixão que transbordou. Tinha esquecido como é maravilhoso estar saturada de amor, embriagada de felicidade, tonta de emoções lindas!
Com seu beijo encontrei o caminho de volta à vida, que eu acreditava ter perdido há muito. Cada movimento sincronizado dos nossos lábios, me ensina que eu ainda posso ser feliz.
Hoje, as palavras surgem tal como os gestos de ternura, os mesmos que repetidamente tenho quando contigo estou. Minhas mãos fazem afagos no teclado, tecendo palavras que acariciem seu coração.
Eu te adoro!!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

By Andréia Kanitz

"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto e o chope é gelado.
É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.
Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.
Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.
Difícil é amar quem não está se amando.
Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."