terça-feira, 17 de setembro de 2013

Do medo ao amor

Deu medo. Um medo danado, medonho.
Eu me dei conta do amor que sentimos. É recíproco, eu sei, sinto. Entendo tuas palavras agora, pois eu sinto, sinto, sinto.
Era madrugada quando eu subitamente despertei com uma angústia no peito, um pavor repentino de tudo que me cercava, inclusive de estar ao teu lado.
Sim, o momento do amor mais profundo causa certo pavor. Mas como não te amar? Se o teu corpo já é parte do meu, se o teu sorriso já grudou na minha memória, se sinto, sinto, sinto.
Sinto amor, sinto falta, sinto transbordar meu coração. Só consigo querer estar perto de ti, não imagino mais a vida longe da tua companhia. Teu cheiro está impregnado em mim, teus fluidos são meus também.
Cada vez que penso em ti, algum sinal emites. Cada vez que te espero, os minutos se transformam em eternidade e eu só espero estancar o tempo para que possa contigo ficar num pra sempre.
Foi naquela noite. Nós sabemos quando foi, sabemos o exato momento. A entrega foi total, perene, nada se interpôs.
Eu senti medo, pois perdi a autonomia do meu coração.
Acendeste as luzes da minha alma. Inalei os odores místicos que o teu sentimento exalou. E foi então, ali, entre os sândalos, vinhos e sussurros que descobri a extensão do nosso amor.
Nunca havia sido assim... Tão convincente exato e perfeito. Nunca.

Agora a certeza é una, uma e única: eu te amo!