quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mensagem de Ano Novo

Neste ano-novo, que tal deixar as conveniências trancadas no porão? Durma, se você estiver com sono. Chore, se estiver triste. Alugue Piratas do Caribe ou O sétimo selo, se estiver com vontade. Peça desculpas para alguém, se isso for deixar seu coração mais leve. Diga para o seu pai (ou sua mãe) que, para variar, neste ano você quer ser muito elogiada, se o elogio dele for o que te fizer falta. Vá até a mesa do seu colega de trabalho, puxe sua gravata e tasque um beijo de cinema em sua boca, se ele for solteiro e isso lhe convier. Arrume o guarda-roupa, se você estiver no pique. Escreva um longo e-mail para aquele cara que não te quer, colocando suas entranhas para fora, se isso for te aliviar. Faça maçã do amor em casa e se lambuze, se isso te apetecer. Termine seu namoro, se ele já está mais morto do que vivo. Cumpra todos os rituais de boa sorte, se isso te acalma.Eu desejo a você, portanto, não um ano-novo obrigatoriamente feliz, mas, para começar bem, um ano-novo verdadeiro.
 
Stella Florence

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Feliz, feliz, feliz!!!

Hoje estou embriagada de gratidão. Subitamente, me dei conta de quem sou e do que tenho.
Nossa! É realmente, muito mais do que mereço e pedi.
Amigos, carinho, amor, dedicação...Vou passar o Natal com pessoas que amo, estou há um ano de minha formatura, superei momentos tétricos. Sou uma vencedora!
Para completar, meu dia foi marcado por mais um passo em direção ao estrelato (risos). Tá ok, eu estou meio entusiasmada, mas o que aconteceu foi muito significativo. Fui elogiada e reconhecida por uma pessoa importante para mim. Senti uma força interior, uma tremenda vontade de me mostrar para o mundo, de deixar meu melhor para a posteridade!
Ainda é precoce relatar minhas possibilidades e perspectivas. Além dos agoureiros estarem por toda parte, preciso cumprir determinadas metas, isto é, não devo cantar vitória antes da hora. Mas posso considerar cada barreira transposta uma conquista, por menor que esta pareça.
Só quero agora é saborear essa felicidade, sensação de reconhecimento, de poder, algo que dá significado à minha vida e faz com que eu queira viver mais, e mais, e mais....
Transformei dor em valor e valor em sucesso! SUCESSO!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Eu recomendo...eu quero!!!!!!!!!!

“...Depois, a minha frente, o grande Back surgiu em pessoa. Jamais, nem antes nem depois, voltei a ouvir daquela maneira a beleza de uma música nascida de quatro cordas como uma estátua de Miguel Ângelo de um bloco de mármore. Só o meu estado de espírito era novo para mim e foi isso que induziu a olhar para o alto, estático, como a uma coisa novíssima. Em vão lutava para manter a música longe de mim. Em vão pensava,: “Bobagem! O violino é uma sereia e não é preciso que se tenha um coração de herói para fazer os outros chorarem com ele!”  Fui assaltado pela música que me prendia.  Parecia exprimir todo o meu pensamento e dor com indulgência, mitigando-os com sorrisos e carícias.  Mas era Guido quem falava!  E eu buscava subtrair-me ao seu fascínio, dizendo: “Para saber fazer isso basta dispor de um organismo rítmico, mãos segura e capacidade de imitação; tudo o que não tenho, coisa que não constitui inferioridade, mas desventura.”
    Eu protestava e Back seguia seguro como destino.  Apaixonante melodia das cordas altas mergulhava a procura de um basso ostinato que nos surpreendia, não obstante o ouvido e o coração já o pressentirem, dada a sua precisão!  Um átimo mais tarde, e o canto se teria dissolvido antes de ser alcançado pela dissonância; um átimo antes, e ela se teria sobreposto ao canto, destroçando-o.  Tal não acorria com Guido: não lhe tremia a mão nem mesmo executando Back, o que me deixava em verdadeira inferioridade.
    Hoje que escrevo, disponho de todas as provas disto.  Não me gabo de ter então percebido o fato com clareza.  Na ocasião, estava repleto de ódio e nem aquela música, que eu aceitava como a minha própria alma, conseguiria aplacá-lo.  Em seguida, o transcurso da vida comum de todos os dias acabou por anulá-lo sem que eu a isso opusesse qualquer resistência.  Compreende-se!  A vida vulgar sabe operar tais milagres.  Seria horrível se os gênios não se percebessem disso!
    Guido encerrou a execução magistralmente.  Ninguém aplaudiu exceto Giovanni, e por alguns instantes ninguém quebrou o silêncio.  Depois, contudo, senti desejo de dizer algo.  Como ousei fazê-lo diante de pessoas que já me haviam ouvido tocar?  Era como se meu violino, que em vão anelava produzir uma música assim, se pusesse a criticar o outro, em que - não se podia negá-lo - a música se transformava em vida, luz e luar.
    _Magnífico! - disse, num tom mais de concessão que de aplauso - Contudo, não entendo por que no final separou aquelas notas que Back indicou como Legato.
    Eu conhecia a Chaconne nota por nota.  Foi numa época em que supunha que para progredir, devia enfrentar empresas semelhantes, e durante muitos meses passei o tempo  a analisar compasso por compasso de algumas composições de Back.
    Senti que os presentes não tinham para mim senão objeção e desprezo.  No entanto, continuei, contra toda a hostilidade:
    _ Back - acrescentei - é tão discreto na escolha de seus meios que não admite adulteração de tipo.
    Eu provavelmente tinha razão, mas era igualmente certo que não teria sabido usar o arco para obter aquelas mesmas adulterações.
    Súbito, Guido se mostrou tão despropositado quanto eu.  Declarou:
    _ Talvez Back desconhecesse a possibilidade dessa expressão.  É um presente que faço a ele.
    Passava por cima de Back...”


domingo, 11 de dezembro de 2011

Despedida

Não estou em mudança territorial, nem de malas feitas para alguma viagem surpresa, estou sim, me despedindo de quem fui até aqui.
É uma decisão racional e racionalizada até onde achei necessário. Foi preciso coragem, mas agora é seguir em frente. Durante dias e dias pesei prós e contras, equalizei sentimentos, costurei passado, presente e futuro. Tudo se tornou uma coisa só cá dentro.
Faxinei meus interiores, a poeira que havia guardado em mim quase me asfixiou, porém, a casa (coração) agora está limpinha (o). Dá para ver até detalhes que antes passavam desapercebidos.
Mas minha reforma não terminou. Muita força de vontade e afinco precisarão se apossar de mim. Realmente, não sei se o caminho que estou tomando é o certo, no entanto, não havia mais como adiar o deslocamento/descolamento. Era ir ou ir.
Estou indo...Àqueles que conheceram a antiga Daniela, certamente estranharão. Pouco dela permaneceu comigo. A essência ainda está aqui, entretanto, bem escondida e agora só revelada a quem de fato for merecedor.
Esse texto é uma despedida, como seu título bem claro já deixou. Contudo, não tem nenhum quê de melancolia, é assertivo e confiante. Resoluto e verdadeiro.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Jon and Vangelis - Shine For Me



Não caminhes na minha frente, pois não posso seguir-te. Não caminhes atrás de mim, pois não posso guiar-te. Caminha apenas a meu lado e sê meu amigo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Final de ano

Ainda não é hora do famoso "balanço de fim de ano", mas já estou antevendo que terei muitas coisas pra escrever aqui quando o momento for propício. Não tenho certeza se tudo que ocorreu foi positivo, o que posso assegurar é que foram experiências que acrescentaram demais ao meu caráter e ao que eu penso sobre os caráteres alheios.
Neste domingo que finda, vi meu time sair vitorioso, produzi lindas fotos de minha sobrinha, senti calor, amor e dor. Mas a dor, é algo passageira, pois decorre do fato de ter passado o dia inteirinho escrevendo meu relatório de estágio. Menos mal, estou com quase tudo acabado, desta vez fui mais previdente e mantive meu diário de relatos de aulas atualizado. Não deixando tudo para última hora, as coisas não se tornam tão estressantes. Agora é dar início aos preparativos natalinos com todas as surpresas que estes nos trazem. E vem mais surpresa por aí...Das grandes (risos).
Por enquanto, posto aqui minha maior felicidade! Júlia!
Bjs

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Definitivamente, eu amo Drummond!

Reverência ao destino, Carlos Drummond de Andrade

“Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer “oi” ou “como vai?”
Difícil é dizer “adeus”, principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é segui-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.”

Poucas palvras, muito dito!

"Eu me recuso a manter mágoa ou dor ou carinho ou compaixão ou amizade com alguém que não percebeu que tinha um tesouro nas mãos. Um tesouro não se auto-proclama: ele é. Aproveita o tesouro quem tem inteligência e sensibilidade: quem não tem, volta, cedo ou tarde, a sua própria miséria"

Stella Florence
E a Dani assina embaixo...