domingo, 3 de fevereiro de 2013

Entre o dever e o ser

Ah! Quanta coisa eu deveria fazer, quanta coisa eu deveria ser e quanto mais quero ou faço, menos efetivamente sou!!
Essa deve ser, sem dúvida, uma entre as grandes grandezas inversamente proporcionais em nosso universo. E, sim, eu escrevi com a redundância explícita, para que o efeito daquilo que interpreto, chegue a quem me lê , semelhantemente ao que percebo.

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Eu deveria odiá-lo, mas não consigo. Eu deveria emagrecer, mas  não consigo, eu deveria amá-lo, mas não consigo. Às vezes, querer e racionalidade não andam juntos.
Sei e compreendo com toda a força possível de minha lógica, que algumas coisas que sinto estão equivocadas. Sei e intuo que outras tantas percepções são fruto de visões minhas distorcidas. Saber nem sempre pressupõe conseguir mudar aquilo acreditamos estar errado.

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Ele deveria ser por mim repudiado. Ela deveria ser esquecida. Ele deveria ser perdoado, ela deveria ser punida....mas quê!!! Não sou capaz de realizar todas as mudanças que me guiariam pela famingerada estrada de tijolos amarelos.
Talvez nossas incapacidades sirvam para abalizar nossas imperfeições. Talvez nossas imperfeições nos levem a constantes desafios. Talvez, tudo seja uma questão de ideais e ideários e de tê-los como em relicários.
Estou buscando na vicissitude da poesia, algo que me foge na prática e na lógica. Algo que as palavras colorem e torna minhas contradições toleráveis.

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A verdade é que eu queria ser diferente e indiferente em muitos casos. Contudo, nem com palavras e menos ainda com sentimentos consigo adquirir bom-senso. Então, que a agudeza que me compõe me conduza por mares menos revoltos. E só.

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