sábado, 8 de maio de 2010

Tempo

A passagem do tempo e suas ações sobre os seres humanos sempre foi um assunto muito discutido. Inúmeras vezes, a abordagem principal é a questão estética do envelhecimento. Porém, raras ocorrências li/verifiquei sobre o lado bom do transcorrer de nossos dias aqui na terra.
Você já parou para pensar em como pode ser prazeroso que o tempo passe e nos mude? Como é agradável fazermos novas amizades, conhecermos pessoas diferentes e superarmos nossos obstáculos encontrando assim outros obstáculos pelo nosso caminho? Isso significa que estamos vivos!
Nosso corpo se transforma, sem dúvida, mas o que isso tem de tão negativo?! Em minha opinião, depende de como suas marcas temporais foram adquiridas. Desse fato, decorrerá a maneira como você as enxerga hoje. Se de grande parte das coisas que fez você se arrepende, suas rugas e reumatismos serão mais sofridos. Entretanto, se os vestígios são resquícios de um “embriagamento” próprio da ânsia de viver, então, “a ruga muda de expressão”, com o perdão pelo trocadilho cretino. (risos)
A maneira de enxergar a vida é condição sine qua non para que envelheçamos satisfeitos ou eternos rabugentos. Aliás, a rabugice não é uma característica restrita a senilidade, pois conheço vários jovens enfastiados com seu viver que de tudo e todos reclamam... E isso ocorre a todo o momento.
Há outro aspecto do correr do calendário que aqui também queria deixar destacado. A possibilidade incessante de transformação. O gozo pelo novo, por aquilo que ainda estou por descobrir. Ele existirá enquanto pudermos respirar. Acho esse fato simplesmente espetacular. Também haverá toujours a chance de mudarmos a nós mesmos, não importando qual nossa idade. O amor ajuda nessa compreensão.
Todavia, o lamentável é que muitas pessoas se neguem a aceitar o tempo e assim, deixem de saborear o percurso de sua própria existência. Perdem amigos, perdem acontecimentos e acabam perdendo, isto é, desperdiçando suas próprias vidas. PURA PERDA DE TEMPO...
ACEITAR, mais uma vez é essencial. Da aceitação passaremos ao desfrute das menores coisas que, não raramente serão as mais significativas (aquelas que mais marcaram) quando for chegado o momento de fecharmos nosso balanço existencial. Reminiscências tornar-se-ão superpotências se viver constituir-se em ACEITAR, QUERER E FAZER.

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