domingo, 9 de setembro de 2012

Cale a boca!

Nos últimos tempos, um ensinamento se impôs em minha vida.Calar-me!
Depois de falar e falar e falar, conclui que de nada adianta discursivizar tudo aquilo que vai dentro de mim. Algumas pessoas simplesmente não entendem, outras não querem compreender e existem aquelas que tão somente te ignoram, isto é, não estão nem aí para o que tu diz.
Ficar em silêncio traz alguns benefícios: Não há o estresse da discussão sem desfecho, nem o jogo de impropérios ao léo. Ainda posso observar/ouvir mais atentamente aqueles que um dia desejei que me escutassem.
Foram muitos anos tentando, lutando para ser ouvida,aceita, entendida. Hoje, percebo que aquilo que os outros pensam de nós é construído à nossa revelia. Não há maneiras de fazer com que as pessoas aceitem e entessourem nossos "verbos" como pueris verdades.
Uma vez li em algum lugar que devemos viver de acordo com "nossas verdades", e como consequencia, teremos paz em nossos corações. De cara, concordei com o que li, no entanto, só agora entendo que muito mais do que erguer muros em torno de mim, isto significa calar.
Não se trata exatamente de uma desistência, embora em alguns aspectos assim o seja. Acredito que finalmente aceitei fatos que jamais serão transformados. Pessoas que nunca entenderão o que eu disse ou mesmo aquilo que silenciei.
Um lado desta história é o amargo de ter sido prolixa, ou desiteressante...sei lá. A outra banda desta narrativa traz o sossêgo de aceitar a vida, as pessoas e todos os fatos que me cercam, não como imutáveis, mas como parte de um processo e, sendo assim não posso desejar alterar todas as coisas. O mundo continuará a existir quando eu aqui não mais estiver.
Nem mesmo os maiores sábios da humanidade foram compreendidos na extensão daquilo que eram e diziam!!!
Quem sou eu então, com minhas estúpidas angústias?!
Cala a boca, Daniela!

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