Meus planos já são tão outros, e você agora é só uma lembrança distante, distanciada de quem atualmente sou. E meus olhos fixam o esverdeado de outros olhos e neles agora demoram contemplativos. Meu teto não é mais de estrelas, ele é de concreto. Entretanto, isso não é ruim, pois agora confio no que me cobre, estou finalmente protegida. Na mutuidade de sentimentos descobri razões para existir, valores pelos quais lutar.
Agora, meu ritmo não é mais desritmado. Já não sou rápida ou lerda, sou, sim, o que sempre deveria ter sido. Minha mendicância emocional ficou no passado.
As palavras não vem fácil, mas isso é tão incrivelmente positivo...
A música que dizia, hoje se tornou inútil, inaudível, indizível para mim. O lamento da letra, oposto a tudo que me cerca.
Incrível dizer sem dizer, e não dizendo dizer tanto e muito e mais do que aquilo que precisa ou deve ser dito.
Obrigada por me liberar para o precipício de minha própria existência.
Obrigada.
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