Pois é, eu achava que essa frase era negócio de filme de ficção, mas hoje eu me toquei de uma coisa. Eu tenho um amigo que eu adoro e conheço há anos. O Edu é uma espécie de irmão para mim. Quando a minha mãe estava mal eu pedi para ele ser o meu “acompanhante” quando acontecesse o velório dela. Também pedi a ele para ser meu parceiro no dia em que a Pipi partiria porque sabia que ia ser barra.
Hoje me toquei de duas coisas: 1- Ele não pôde ir em nenhuma das situações. 2- Eu não senti a falta dele, segurei numa boa (o que não quer dizer que eu não tenha chorado e borrado o rímel alucinadamente).
Às vezes, a gente amadurece, se fortalece, retoma o poder em nossas mãos e nem percebe. E, assim, acaba caindo a ficha de que agora somos os “Edus” de nós mesma(o)s.
E, em um dia, você está tão triste que dava até para lavar o corcovado. E no dia seguinte vai catando as coisas que pertenciam à coisinha fofa que você amava e vai colocando tudo numa sacola para doar para quem ainda tem o pulso pulsando.
Isso significa que seu pedaços de “lego” se encaixaram novamente e que agora você já não é mais a mesma pessoa e que, sim, está muito mais madura e dura na queda, forte o suficiente para se ajudar e para ajudar mais ainda quem também precisa.
Gisela Rao
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